domingo, 15 de maio de 2011

Morte: cessação da vida; subir no telhado; abotoar o paletó; ir para o andar de cima; bater as botas...



Muitos são os sinônimos para a tão temida palavra de apenas cinco letras, morte. Mas ainda assim, existe uma pergunta que não cala: "Por que?". Às vezes, essa é a pergunta mais dolorosa. As pessoas fazem essa pergunta com tristeza quando um desastre natural, doença ou crime tira a vida de alguém muito amado, causando um sofrimento indescritível. Naturalmente, a primeira reação desta notícia horrível talvez seja a negação: "Não pode ser! Eu não acredito!".

É normal ficarmos pesarosos e lamentarmos a morte de alguém. O pesar é expresso de maneiras diferentes em culturas diferentes. Algumas pessoas não conseguem chorar ou estão condicionadas a ocultar seus sentimentos.

Muitos religiosos possuem confortantes ideias sobre esse assunto. Algumas pessoas acreditam no Reino de Deus, numa terra paradisíaca. Outros no inferno ou no céu e um purgatório. Uns na vida após a morte, em uma espécie de ciclo de reencarnação. Determinadas tribos acreditam que as pessoas comuns, após a morte tornam-se fantasmas e as pessoas de destaque tornam-se espíritos ancestrais a serem honrados e invocados como líderes invisíveis da comunidade.

A morte é uma realidade que precisa ser enfrentada por todos nós, não importa qual seja a sua formação religiosa, espiritual ou cultural. Em 15 de maio de 2007, eu perdi uma amiga muito querida. Ela era linda, tinha apenas 24 anos de idade. Cursava faculdade e estava noiva, era uma garota incrível, com muitos planos para seu futuro.


Quase sempre nos falávamos por telefone. Morávamos perto, mas só nos víamos em datas comemorativas. Eu pensava que ela sempre seria minha amiga e que estaria sempre por perto. Nunca tínhamos tempo, por isso não fazíamos muita questão de encontros. Nós nos enganamos! Percebo o quanto ela me fez falta em alguns momentos. E o quanto ela me faz falta agora.


O velório dela conseguiu algo inacreditável, reunir todas as nossas amigas. Nenhuma festinha ou aniversário jamais tinha conseguido isso. Pena que um encontro tão esperado tenha sido em circunstância tão desastrosa.


Eu não consegui ficar até a hora do enterro. Acredito ser a hora mais difícil! Seria muito complicado para mim admitir a ausência permanente dela. E ver toda a sua beleza e amizade irem embora.


A morte de alguém tão jovem representa a perda de sonhos a respeito do futuro, de relacionamentos - com namorado ou marido, filhos, pais, velhos e novos amigos - de experiências... que ainda não usufruiu. E que nunca terá a oportunidade de concretizar.


Esta é apenas uma entre milhares de tragédias que assolam famílias por todo o mundo, todos os dias. O que mais me dói é saber que a falta que sinto dela não vai passar. Nem esses quatro anos que se passaram desde a sua morte me livraram da culpa de não estar mais presente em sua vida.

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